Turismo Náutico

Pesca esportiva: Portal de Investimentos reúne projetos que reforçam a atividade no país

O Brasil tem um grande potencial para desenvolver o turismo náutico. Afinal, são oito mil e quinhentos quilômetros de litoral; trinta e cinco mil quilômetros de via internas navegáveis, além de mais de 714 mil embarcações registradas na Marinha em 2021. O resultado do avanço do segmento de turismo náutico está traduzido na movimentação financeira, que cresceu 20%, passando de R$ 634 milhões em 2019, para R$ 761 milhões, em 2020.
Associada ao turismo náutico, uma atividade que está em franca expansão no país é a pesca esportiva. A estimativa é de que mais de seis milhões de pessoas pratiquem a atividade no Brasil, movimentando R$ 1 bilhão por ano na economia e indicando o seu potencial para crescimento. Na Alemanha o segmento já movimenta US$ 8,2 bilhões, na Inglaterra, US$ 6,2 bilhões, e nos Estados Unidos, US$ 24 bilhões.
Além de amantes do esporte e do pescado, a modalidade também abre possibilidades turísticas valiosas. Afinal de contas, além de pescados de diferentes espécies de um rio caudaloso ou um oceano transparente, o esportista de pesca tem a possibilidade de conhecer o corpo d’água onde acontece a pescaria e paisagens naturais exuberantes que estão em volta do local.
Para dar visibilidade às iniciativas que desenvolvem essa potencialidade brasileira, atraindo turistas domésticos e internacionais para os destinos, o Portal de Investimentos do Ministério do Turismo reúne catorze projetos dentro da área que estão em desenvolvimento no país.
São projetos que estimulam a atividade e a preservação do meio ambiente, como a criação de um parque subaquático para represa da Usina Chavantes no Rio Paranapanema; a implantação e desenvolvimento de atividades náuticas às margens do Rio São Francisco na orla pluvial de Glória (BA) e a construção de parques de ecoturismo em Osório (RS).
Também há iniciativas para desenvolver a infraestrutura turística local, como a construção de hotéis e restaurantes às margens do Rio São Francisco em Buritizeiro (MG); de um Centro de Convenções em Paraty (RJ) e da Ilha Poti-Pirá, Complexo Turístico na foz do Rio São Francisco.
Outros projetos incluem alternativas para ampliar opções de hospedagens sustentáveis em locais com alta diversidade natural, como Lagoinha (CE); Baía Formosa (RN); Londrina (PR); Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ).
“Nossa diversidade natural possibilita o desenvolvimento da pesca esportiva de forma sustentável e o Portal de Investimentos facilita a atração e a captação de investimentos de forma competitiva e transparente”, enfatizou o ministro do Turismo, Carlos Brito.
DESTINOS MAIS PROCURADOS – O Pantanal brasileiro é uns dois principais destinos buscados por esportistas da pesca, mas existem possibilidades em todas as regiões do país. Na Amazônia, por exemplo, as cidades de Presidente Figueiredo e Barcelos dispõem de atrativos para esses turistas.
Em Rondônia, o local de referência para os esportistas da pesca é Guajará-Mirim; em Tocantins e no Goiás, os Rios Araguaia e Tocantins; no Espírito Santo, Vitória e Guarapari despontam na modalidade e, no Paraná, Foz do Iguaçu é o local ideal para quem busca o turismo de pesca.
PORTAL DE INVESTIMENTOS – Desde o ano passado, o Ministério do Turismo disponibiliza a plataforma nas versões em inglês e espanhol. Ela faz parte da estratégia de transformação digital do governo federal. Permanentemente atualizado, o sistema indica projetos divididos por segmentos como aventura, ecoturismo, negócios e eventos.
Atualmente, o Portal de Investimentos conta com 68 projetos disponíveis que somam investimentos na ordem de R$ 25 bilhões em empreendimentos ligados ao turismo. A expectativa é de que essas iniciativas possibilitem a geração de mais de 129 mil empregos diretos e indiretos no país e, consequentemente, mais desenvolvimento local e renda para a população. O site possui, ainda, uma área com um Guia do Investidor com informações e orientações para este público.

MTur

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