Reforma tributária pode aumentar custos das companhias em R$ 3 bilhões, diz CEO da Azul
Caso a Reforma tributária seja aprovada pelo Senado Federal do jeito que está, sem redução de alíquota para uma série de atividades ligadas ao turismo, como a própria aviação comercial, as companhias aéreas brasileiras poderão ver seus custos com impostos aumentar cerca de R$ 3 bilhões por ano. É o que disse o CEO da Azul, John Rodgerson, em entrevista coletiva que abordou o sucesso no processo de estruturação financeira da companhia.
“O Governo está olhando com bons olhos a aviação neste momento, mas, com a Reforma Tributária, teríamos um aumento de R$ 3 bilhões de custos para cada companhia aérea”, disse John, ao comentar que isso criaria problemas para as transportadoras. Ele ainda criticou a maneira como o Brasil trata o Turismo. “Na Azul, conectamos 158 cidades. Isso cria emprego, renda, ajuda no PIB, mas o Brasil ainda está muito atrás de países vizinhos como Colômbia, México e Chile”, completou.
John quis saber como os empresários irão desenvolver o país para criar empregos e renda com o aumento de impostos relacionados a Reforma Tributária, além de lamentar o desinteresse do país em apostar no Turismo. “O Brasil tem um turismo muito fraco MESMO, uma vergonha! Tem mais turistas visitando a Jamaica do que o Brasil. Com o dólar a 5, era uma forma de convocar os visitantes a conhecerem nosso país”, destacou o CEO da Azul.
A Abear, por sua vez, já divulgou dois manifestos em prol da aviação. Um deles revela que em um país que quer democratizar a aviação, o setor aéreo não pode receber tratamento tributário diferente dos demais modais. A entidade e suas associadas alertam para a necessidade de um texto isonômico e que garanta a inclusão do transporte aéreo no rol de transportes, sob pena de reduzir a oferta de voos, a geração de empregos e passageiros.
Fonte. M&E