Turismo de Base Comunitária

Turismo de Base Comunitária no Nordeste: Um voo de retorno às raízes e à transformação social

O Nordeste brasileiro está se reinventando como destino turístico de impacto — não apenas para visitantes, mas, sobretudo, para as próprias comunidades. O turismo de base comunitária (TBC) ganha força na região, representando uma alternativa sustentável e afetiva ao turismo convencional.
Um conceito com alma
O TBC é uma modalidade que coloca as comunidades tradicionais no centro de todo o processo — da concepção à execução — promovendo autogestão, valorização cultural e econômica, e preservação ambiental. Nos últimos anos, esse modelo vem ganhando corpo em diversos estados nordestinos por meio de redes articuladas e iniciativas locais.
Fortaleza de instituições e conexões em rede
No Ceará, a Rede Tucum, formada por pescadores artesanais, quilombolas, indígenas, agricultores familiares e moradores urbanos, é exemplo e pioneirismo, com ações espalhadas por toda a costa cearense desde 2008
Eco Nordeste
Paralelamente, cresce a atuação de redes como a da Embrapa e o projeto Paisagens Alimentares, que deram visibilidade ao potencial das experiências comunitárias durante a feira Ruraltur, com sabores e saberes oriundos do Alagoas, Sergipe e Pernambuco.
Experiências reais que marcam
Bahia: O modelo da Rede Batuc reúne mais de 90% de empreendimentos familiares, com turismo centrado em agroecologia, gastronomia e culturas locais. Comunidades como o Quilombo Jatimane e a Reserva Pataxó da Jaqueira mostram como a cultura, o acolhimento e a sustentabilidade podem caminhar juntos.
Pernambuco/Bahia/Maranhão/Ceará: Destinos como o Quilombo Engenho da Ponte (PE), Terra Indígena Arariboia (MA), Prainha do Canto Verde (CE), Serra da Capivara (PI) e o Vale do Catimbau (PE) oferecem vivências que aproximam turistas da cultura, da comida típica e da vida cotidiana das comunidades
Potenciais, desafios e horizontes
O TBC no Nordeste mostra como o turista busca mais do que lazer — busca propósito. Vivências autênticas, trocas culturais e impacto econômico positivo ganharam espaço e relevância
Um convite à transformação
Esse turismo não é apenas para ser visitado — é para ser sentido, vivido e compartilhado. Ele refaz os vínculos com as tradições, fortalece as comunidades e nos reconecta com o território de um modo que o turismo convencional jamais conseguiria.

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